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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Bacellar — Ida para PMDB ou PT, fisiologismo e denúncia de rombo no orçamento.


Vereador e primeiro suplente a deputado estadual liberado ontem pelo PTdoB — como a jornalista e blogueira Suzy Monteiro revelou aqui —, Marcos Bacellar já comunicou hoje ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), por meio de seus advogados, sua saída do partido, visando poder ingressar em outra legenda, possivelmente PMDB ou PT, sem perder seu mandato e sua suplência. Ele vê com bons olhos a postura ativa da Igreja Católica, pregada aqui por Dom Roberto Ferrería Paz, embora faça distinções no fisiologismo identificado pelo novo bispo de Campos na prática política do município. Quanto às denúncias feitas aqui, em seu blog, culpando a saída do ex-secretário de Finanças, Francisco Esqueff, pelos aparentes problemas no bilionário orçamento da cidade, ele disse que tem uma equipe trabalhando na coleta de provas, embora já se arrisque a apontar um rombo e R$ 180 mihões.

Abaixo, ponto a ponto, o que disse o vereador…

Do PTdoB para PMDB ou PT — O partido me liberou, mas nada impede que o suplente (Guilherme Nascimento Martins) entre na Justiça Eleitoral para pedir o cargo. Meu advogado no Rio está entrando no TRE para comunicar oficialmente minha liberação pelo PTdoB, para que eu possa manter não só meu mandato de vereador, como também a primeira suplência para deputado estadual. Conversei com o Marcos Abraão (deputado estadual eleito pelo PTdoB) e ele está firme no projeto de se candidatar a prefeito de Rio Bonito. E pode ser até que ele consiga o apoio do governador Sérgio Cabral, caso a candidata natural do PMDB, Solange Almeida (ex-prefeita daquele município), não consiga se candidatar por problemas com o Ficha Limpa. Se Abraão se eleger em Itaboraí, meu mandato na Câmara pode mudar para um mandato na Assembléia. Conquistei essa janela no voto e vou brigar para mantê-la aberta. Tenho convites do PMDB e do PT, mas só depois que a coisa estiver encaminhada na Justiça, é que vou definir meu novo partido.

Fisiologismo em Campos aos olhos do bispo — Existe e ninguém pode negar isso. Só acho que existem também diferenças entre um pedido de um eleitor, às vezes até um amigo, e o político com cargo público atende, para a compra de votos, que infelizmente é o grande mal das eleições não só de Campos, mas de todo o Brasil. Na sua primeira eleição, você até empolga os amigos, que ajudam por acreditar em você, mas depois que se elege, a carência do povo é muito grande e os pedidos acontecem. O que eu faço se um eleitor vem me pedir para ajudar a comprar um remédio que a farmácia popular de Rosinha não dá? Nego essa ajuda? Na sexta passada, por exemplo, veio me procurar um pai de família desesperado, porque sua mulher, grávida depois de já ter perdido o primeiro filho, estava com um problema nos rins e tinha ido duas vezes ao Plantadores, sem conseguir atendimento. Eu liguei para a direção do hospital, mandei para lá, junto ao casal, minha secretária, e a mulher foi atendida. Será que ela seria atendida se não fosse o pedido do vereador Marcos Bacellar? E se eu não pedisse, estaria sendo cristão?Mas vejo com bons olhos a atitude do bispo de denunciar e combater o fisiologismo, de conscientizar seus fiéis, principalmente em relação à compra de voto, mas desde que a Igreja não tome partido.

Relação entre suposto rombo no orçamento e saída de Esqueff — Tenho uma equipe minha trabalhando para levantar isso, com pedidos de informação junto ao Ministério Público, já que todos os pedidos feitos na Câmara são sistematicamente negados pela maioria governista. Segundo o que já levantei, há relação, sim, entre o rombo no orçamento e a saída de Esqueff da secretaria de Finanças. Seria algo em torno de R$ 180 milhões. E agora Rosinha lana esse decreto para cortar 10% dos contratos e convênios. Mas como cortar agora, em agosto, se o orçamento de 2011 foi aprovado desde dezembro de 2010. Se está realmente tudo bem, como eles dizem, como cortar agoa despesas que já deviam ter sido previstas desde o início do ano. Tiveram esse tempo todo para fazer as contas, quase R$ 2 bilhões para gastar e ainda assim não deu? Qualquer dona de casa ou pai de família que lida com o orçamento da sua casa acharia muito difícil e acreditar.

FONTE:http://www.fmanha.com.br/blogs/opinioes/

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